terça-feira, 29 de março de 2016

O Homem torna-se prisioneiro do seu próprio tempo.


Quanto maior é o progresso das sociedades, menor é também o espaço reservado à solidariedade e à afectividade humana. As infindáveis horas de trabalho nos escritórios, nas empresas e nas fábricas, a que se associam as tensões acumuladas pelo stress absurdo da competitividade, fragmentam cada vez mais a vida dos cidadãos. Ao tornar-se prisioneiro das máquinas que inventa, o homem parece perder a noção do tempo e do valor dos prazeres da vida. O Homem torna-se prisioneiro do seu próprio tempo.
As horas de trabalho por imperativos de competitividade estendem-se muito para além do razoável, incluindo por vezes os fins de semana. Os tele móveis nunca param de tocar, tornando a geografia irrelevante e fazendo da esfera doméstica apenas um prolongamento do local de trabalho. Os fins de semana, supostamente de lazer, transformam-se por seu turno em momentos de intenso desgaste, onde se procura não só resolver os assuntos domésticos pendentes como reencontrar o espaço conjunto da afectividade. 




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