Nunca vi tanta gente desconectada de si mesma e isso é assustador.
Tempos atrás, quando íamos a um restaurante, víamos pessoas
conversando entre si, discordando, sorrindo, olhando nos olhos umas das
outras. Hoje, seja na hora do corrido almoço entre o expediente apertado
no escritório ou no jantar com os amigos, se vê mais do mesmo – pessoas
com celulares em punho, vidradas na tela, escapando da realidade e da
vida que acontece naquele momento.
Tenho um amigo que me contou uma coisa incrível – no happy hour agora
ele e a turma decidiram deixar os celulares no meio da mesa. O primeiro
que pegar, paga a conta. E já vi muita gente procurando urgência onde
não existe. Respondendo e-mails de trabalho no meio de um jantar com a
namorada. Mandando whats sem sentido para um grupo contando onde está
e o que está comendo.
A necessidade de mostrar a vida num reality show – e acompanhar a
vida dos outros. Só que, com um detalhe, sem vivê-la de verdade.
Note como as pessoas andam nas ruas – com o piloto automático. Como
zumbis, mortos vivos. Sem olhar para as árvores, quando estão dentro dos
carros, correndo pra chegar a tempo num compromisso qualquer.
As pessoas estão construindo vidas em torno de nada – e isso tá trazendo um tremendo vazio pra todo mundo. Não é a toa que a incidência de depressão é a maior de todos os tempos.
As pessoas estão construindo vidas em torno de nada – e isso tá trazendo um tremendo vazio pra todo mundo. Não é a toa que a incidência de depressão é a maior de todos os tempos.
Muita gente sem saber qual o sentido da própria vida. E sem interesse
em buscar. Sem coragem em pisar em falso, com medo de sair da rota pré
calculada que traz uma pseudo segurança.
Osho diz que a única maneira de aprender é cometendo erros. “Se você estiver sempre procurando alguém que lhe diga o que fazer, obedecer ou desobedecer não fará muita diferença”, ele explica.
Osho diz que a única maneira de aprender é cometendo erros. “Se você estiver sempre procurando alguém que lhe diga o que fazer, obedecer ou desobedecer não fará muita diferença”, ele explica.
Não é sempre que sabemos o que fazer. E não devemos nos sentir mal por isso.
“Vida é insegurança. Cada momento é um mover-se para uma insegurança cada vez maior. É um jogo. Nunca se sabe o que vai acontecer. E é belo que não se saiba. Se fosse previsível não valeria a pena viver. Se tudo fosse como gostaríamos, se tivéssemos certeza de tudo, não seríamos absolutamente homens, seríamos máquinas. Somente para as máquinas tudo é certo e seguro. Se você estiver buscando segurança e certeza, os seus olhos se fecharão. E cada vez vocêse surpreenderá menos, e perderá a capacidade de se maravilhar
” Osho
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