domingo, 13 de novembro de 2016

Minha ferida não cicatriza porque não houve um ponto final





Minha ferida não cicatriza porque não houve um ponto final


Uma vez, quando pequena, fiz um machucado no meu braço. O médico que me curou me contou qual é o processo que faz com que as feridas cicatrizem. Algumas feridas precisam ser costuradas, precisam de pontos, outras não, mas todas precisam de cuidado e um tempo para que se curem completamente. Às vezes a ferida desaparece sem deixar marcas, mas algumas vezes deixa pequenas ou grandes cicatrizes.
Uma ferida na alma é parecida com uma ferida física no corpo. Não é visível, mas dói do modo mais profundo em nosso ser, nos faz sofrer, e só o passar do tempo e nossa vontade de superação fazem com que se cure. Mas, assim como com uma ferida física, ela também pode deixar cicatrizes que nos lembrarão para sempre do que sentimos.
“Lembro-me até mesmo do que não quero. Não posso me esquecer do que quero.”
Como aprender a esquecer coisas negativas



Cada um de nós vivemos em nossa vida situações que são muito difíceis de esquecer, que nos machucam. Pode ser que tenhamos passado por uma infância complicada, por um término de relacionamento traumático, pela morte de um ente querido, por uma situação no ambiente de trabalho que nos fez sentir mal. Situações que abrem feridas na alma.

As situações vividas que nos causaram algum dano ou que nos afetaram de forma negativa podem ser muito diversas, mas só nós podemos refletir e controlar o modo como as experiências que vivemos nos afetam.



O primeiro passo para esquecer é aceitar. Não é necessário enterrar completamente a lembrança, porque recordar é algo muito humano, que não se pode evitar. Mas devemos sim realizar um esforço para aceitar a memória, a recordação, deixar o fato em nossa história e conviver com ele de forma pacífica.

Não se trata de esquecer por completo, mas sim de que o sofrimento não nos invada a cada vez que nossa mente é invadida por uma recordação dolorosa.
“Ainda que nos esqueçamos de esquecer, é verdade que a memória nos esquece”
-Mario Benedetti-

Uma vez que tenhamos aceitado, poderemos perdoar. Não se trata de perdoar os outros, mas sim de perdoar a nós mesmos, sem nos culpar. De saber que o passado está feito e não se pode mudar, mas que o futuro, esse sim está em nossas mãos para ser vivido de uma forma nova, sem que sejamos influenciados por lembranças negativas que nos condicionam.

Se aprendermos a ver tudo que nos machucou como acontecimentos passados, também poderemos entender que há casos em que é necessário assumir nossa responsabilidade. Não é a mesma coisa que se sentir culpado, mas trata-se de ver os acontecimentos de forma objetiva e aprender com eles.
Tome o controle de sua vida
As feridas da alma às vezes são mais dolorosas que as feridas do corpo, e duram muito mais tempo até se fecharem, mas chega um momento em que devemos nos atrever e decidir tomar o controle de nossa vida e sermos nós mesmos, controlando e expressando nossas emoções.

Tomar o controle da sua vida é um ato que requer valentia e honestidade. Significa ser realista e ver que se algo em nossa vida não vai bem ou não é o que desejamos, a única pessoa que pode fazer algo somos nós mesmos, não dependemos de qualquer outra pessoa nem de situações alheias a nós.

O que acontece cada dia na sua vida depende unicamente da sua atitude, do que faz ou deixa de fazer, do seu sorriso, da sua alegria, da sua vontade de superação.
“Lembrar um bom momento é se sentir feliz de novo.”
-Gabriela Mistral-
Deixe o tempo passar

É certo que o tempo cura tudo ou, ao menos, nos permite ter uma perspectiva diferente. Ainda que nem todos nós precisemos do mesmo tempo para limpar nossa mente e eliminar lembranças dolorosas, o tempo ajuda a todos.

Cada pessoa é muito diferente da outra, e nossa luta com as memórias dolorosas ou perante situações que nos machucaram na vida precisam de tempo, que pode ser mais longo ou mais curto.

Um rompimento amoroso com alguém que amávamos muito é algo muito difícil de esquecer e aceitar, mas com o passar do tempo, pouco a pouco, nos damos conta de que talvez era algo que tinha que acontecer desse modo para que outras pessoas entrassem em nossa vida ou para que aprendêssemos a ficar sozinhos.

Essa situação é só um exemplo, mas nos permite ver como o tempo, passando devagar, vai sarando pouco a pouco nossas feridas até que um dia nos damos conta de que estamos completamente curados.
http://amenteemaravilhosa.com.br/

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